Entrevistados pela ANGOP, moradores afirmam que pelo menos dois a três assaltos são registados todos os dias neste bairro mais extenso e populoso da cidade de Mbanza Kongo.

Glória da Silva disse ter sido alvo de assalto nos últimos três dias, tendo os marginais levado uma botija de gás e outros pertences que se encontravam no quintal.

"É uma situação preocupante. Já não dormimos sossegados devido ao receio de sermos assaltados”, referiu.

Lindo Guimarães informou que os assaltos acontecem mais a madrugada, apelando a polícia nacional a redobrar o policiamento.

"Na verdade, estamos apreensivos. Há dias deixei a roupa estendida no quintal e ao amanhecer já não tinha nada”, explicou.

Já Maria Angelina pediu para que a patrulha da polícia chegue até ao interior do bairro, principal foco de esconderijo de supostos integrantes de grupos de marginais.

"A polícia pouco ou nada faz no interior do nosso bairro, o que aumenta o sentimento de insegurança na calada da noite”, desabafou.

Uma fonte da Polícia Nacional contactada pela ANGOP disse que, apesar desses casos, a situação delituosa no município sede está sob controlo das autoridades.

"O que temos vindo a notar, com alguma tristeza, é que muitos cidadãos são assaltados em residências e não apresentam queixa as autoridades, facto que tem dificultado o trabalho da polícia”, referiu.

Informou que semanalmente, a polícia nacional tem apresentado grupos de marginais que têm criado pânico aos moradores de alguns bairros periféricos da cidade de Mbanza Kongo.

"Pedimos à população para  denunciar as acções maléficas que ocorrem em suas áreas de jurisdição, pois só juntos podemos combater a delinquência”, solicitou.

A cidade de Mbanza Kongo tem uma população estimada em mais de 180 mil habitantes distribuídos por cinco bairros.