A decorrer sob o lema: "CIT na promoção e diversidade cultural e artística”, as galas, quer de abertura, no dia 2 de Julho, quer de encerramento, no dia 16 de Setembro, terão lugar na Casa das Artes, em Talatona, em Luanda.

Segundo o director do festival, Adérito Rodrigues "Bi”, esta edição do CIT vai contar com a participação de 50 companhias e igual número de espectáculos, mas sublinhou que a grande novidade desta 6ª edição do CIT é a homenagem à encenadora, directora de teatro e cineasta, Maria João Ganga.

"Este ano, o CIT vai ser mais abrangente e itinerante, no qual vamos realizar actividades nas províncias de Luanda, Benguela, Bié, Cabinda e Cunene. Os espectáculos serão realizados nas respectivas províncias em função do cumprimento das regras de biossegurança, devido à pandemia da Covid-19”, assegurou o director do festival.

No quadro da programação do CIT, disse, as salas de espectáculos a serem utilizadas em Luanda serão a Casa das Artes, Teatro Elinga e Liga Africana, de quinta-feira a sábado, sem avançar os espaços nas outras províncias, que este ano, também serão palco do festival.

"Continuamos com o nosso curador, que é o professor João Alvim, responsável pela selecção das companhias estrangeiras, todavia ainda estamos a acompanhar o processo evolutivo da pandemia para ver se teremos a participação de alguns países dos PALOP ou CPLP”, afirmou.

Para esta sexta edição do CIT, estão seleccionados os grupos Enigma, Pitabel, Dadaismo, Excesso de Cor, Imbondeiro, Miragens, Afro Teatro, Elinga, Conjuntura D’Artes, Twabixila, Kulonga, Xabada Wiza, Feloma Mussanzala, Atelier Lucengomono, Kipapumuno, Etu Ngo, Catarcis, Géneses, Njila Teatro, Kambartes, Bando Justiça e Arte, Renascer do Sol, Ceart e Faart, todos de Luanda, Nkondo Ikuta (Cabinda), Olonguisse (Cunene), Olombangue (Bié),  5 de Junho e Ombaka (Benguela) e um colectivo da Lunda-Sul.

Adérito Rodrigues "Bi” avançou que no âmbito da formação, o projecto "Cultura para todos”, inserido no programa do CIT, em parceria com o Memorial Dr. António Agostinho Neto, a Comissão Nacional de Angola para a Unesco e o Atelier Lucengomono realizam, quinzenalmente, desde o mês de Fevereiro, um programa sobre diálogos teatrais, no auditório do Memorial, uma iniciativa que durante o CIT vai se tornar também itinerante, quer nos diversos municípios de Luanda, quer nas restantes províncias.

"Este programa de formação não é para os artistas, mas para o público, em geral, sobretudo aquelas pessoas que estão ligadas às artes e que gostariam de aprender com estes diálogos teatrais sobre o que se faz no teatro, dotando-as de ferramentas e conhecimentos sobre teatro”, garantiu o também encenador do grupo de teatro Pitabel.

De acordo com o encenador, os diálogos teatrais vão abordar vários temas e vão ter a participação de vários prelectores. "Em Fevereiro, nós abrimos o projecto diálogos teatrais com o tema: ‘A escrita criativa’, e agora no mês de Março, em saudação ao Dia Mundial do Teatro, nós vamos fazer uma viagem pelo mundo do teatro desde a década de 1970 até aos dias de hoje, com vários prelectores, com destaque para José Mena Abrantes”.

O Cultura para Todos, é desde o dia 15 de Outubro de 2015, um projecto artístico-cultural de inclusão social, cuja missão e visão, vincula-se à formação do homem para a manutenção da Paz, o fortalecimento da Cultura, Educação e Ciência.

O CIT – Circuito Internacional de Teatro, é a principal plataforma do projecto Cultura para Todos e desde a sua criação já homenageou várias figuras ligadas às artes cénicas e a cultura nacional, nomeadamente Diogo Colombo, José Mena Abrantes, Manuel Sebastião, Agnela Barros e Fragata de Morais.