O livro, com 336 páginas, segundo o autor, é uma "viagem extraordinária pela vida e obra de um dos mais emblemáticos líderes da luta contra a ocupação colonial em África”.
Disse que trata-se de um romance baseado em factos reais, narrativa longa e criada com diversos textos factuais da vida de Mandume, que resultou de uma grande indagação e longo período de pesquisa, que durou 12 anos.
"Percorremos países como Finlândia, Alemanha, Portugal, África do Sul, Namíbia, Inglaterra e Angola, na busca de dados e informações para juntar todos os traços da história do Rei Mandume, porque estávamos motivados a concretizar o sonho”, afirmou.
Explicou que, com este livro, passa a existir a primeira obra literária que retrata o percurso histórico de Mandume, antes existiam livros com resumos e artigos, sendo um grande ganho para o mundo académico.
Símbolo da resistência contra a ocupação colonial, Mandume, filho de Ndemufayo e de Ndapona, nasceu em 1892, na localidade de Embulunganga, município do Cuanhama e subiu ao trono aos 18 anos.
Segundo reza a história, Mandume defendeu a sua população durante o seu reinado, entre 1911 a 1917, e morreu a 6 de Fevereiro de 1917 na povoação de Oihole, por suicídio.
O rei é venerado por preferir suicidar-se a ser capturado e, consequentemente, colonizado pelos portugueses, após o enfraquecimento do seu Estado, em 1917, pelas forças ocupacionistas.
Arsénio Satyohamba, de 33 anos de idade, natural do município do Cuanhama, província do Cunene, é pesquisador e activista social, licenciado em Gestão Económica, na Universidade Metropolitano de Londres.
Estreou-se na literatura em 2018 com o romance "TUKUBAMA TUKALA-CRÓNICAS de um Comando”.
Fonte: Angop