"Há boas evidências mostrando que a inactividade e caminhadas mínimas por dia aumentam o risco de doença cardiovascular (CV) e problemas de saúde em geral. O número ideal de etapas e seu papel na saúde ainda não está claro. Portanto, nesta meta-análise, objetivamos avaliar a relação entre contagem de passos e a mortalidade por todas as causas e mortalidade relacionadas à doenças cardiovasculars", descrevem os cientistas na introdução do estudo.
No caso dos idosos, até 10 mil passos por dia pode ajudá-los a reduzir o risco em 42%; o tamanho da redução do risco de morte foi menor em pessoas com 60 anos ou mais.
Conforme explica um dos autores do estudo e professor de cardiologia, Maciej Banach, a redução do risco de morte por meio de caminhadas se aplica a homens e mulheres, independentemente da idade ou da região que vivem. Ele afirma que uma boa média é caminhar em média 4 mil passos por dia, pois a caminhada também reduz significativamente o risco de morte por doenças cardiovasculares.
A pesquisa aponta que o estilo de vida sedentário é um problema mundial, responsável por um maior risco de mortes por doenças cardiovasculares, câncer e desenvolvimento de diabetes tipo 2. Por isso, os cientistas incentivam mesmo os níveis mínimos de atividade física, pois eles podem oferecer benefícios reais à saúde.
De qualquer forma, é importante destacar que o estudo não sugere uma relação directa da caminhada com a redução do risco de morte, apenas que existe uma associação entre a actividade e um menor risco.
"Ainda precisamos de bons estudos para investigar se esses benefícios podem existir para tipos de esforço intensivo, como corrida de maratona e desafios do homem de ferro, e em diferentes populações de diferentes idades e com diferentes problemas de saúde associados. No entanto, parece que, como nos tratamentos farmacológicos, devemos sempre pensar em personalizar as mudanças no estilo de vida”, disse Banach.
Fonte: TecMundo